sábado, 3 de setembro de 2011

ANTÓNIO AROSO CIDADE DO PORTO. SAUDADES A PRETO E BRANCO- PARTE I


Diz a placa que ANTÓNIO AROSO foi um Benenérito da Instituição Pública. Se o foi, recebeu de presente a construção de um Bairro feito pelo FFH (Fundo de Fomento de Habitação) mesmo nas costas desta placa. Recebeu, ainda como Benemérito o beneficio de acolher uma quantidade de gente, distribuida pela tipologias em moradias tipo 2-3 - 4- 5- e 6 quartos. Muitas de 2 frentes outras de 3 frentes, todas elas de 2 pisos, com área descoberta para a fachada principal e uma maior área descoberta para o quintal.

Nascia, então o Bairro António Aroso, circunscrito pela Rua que lhe deu o nome e pela Rua da Vilarinha que nascia na Fonte da Moura e desaguava na Circunvalação. Muito perto da Fonte da Moura e do atual Parque da cidade.

A nascente da zona habitacional de António Aroso, dividida por uma linha imaginária, junto á casa dos Taveiras, existia um grupo de jovens que tirando partido de se encontrar mais perto de um terreno que era pasto de gado do lavrador Prejunção, "ocuparam-no", dividindo as tarefas de limpeza da merda que os bovinos nos presenteavam, diáriamente.

O futebol , o ciclismo e o hóquei eram os desportos preferidos pela maior parte da geração I que despontava  para a vida.

Como  em toda a nossa geração não abundavam os brinquedos mas o poder criativo era forte e sistemático. o FUTEBOL ERA O REI DOS NOSSOS DESPORTOS.Umas vezes jogado nas ruas, outras tantas em espaços desertos .

Por razões de algum gosto coletivo, nasceram os "BELENENSES ANTÓNIO AROSO" o campo de pastagem de gado passa a ter nome. ESTÁDIO DO DESERTO.

As balizas eram pedras, as laterais eram demarcadas pelas silvas a Bancada principal , tinha Janelas e portas, também tinha gente bonita. Tinha  pessoas do meu Bairro.

A 1ª equipa com equipamento azul desbotado, calções brancos e, provávelmente, a origem dos Magriços: Para memória Futura:


ULISSES- JOÃO MORAIS-AMÉRICO- CARLOS- BELARMINO- MANUEL BOTELHO E JOAQUIM MORAIS

Pelo punho do Morais enviamos uma carta aos Belenenses e ainda hoje estamos á espera de resposta.
 Só se pedia ajuda.
Toda esta rapaziada, morava acima da tal linha "imaginária" que se tornava cada vez mais verdadeira com a naturalidade MENOS SEPARATISTA. Os mais distantes da linha imaginária, i,e. todos que moravam para poente do Bairro,independentemente de serem da mesma fornada Arosiana, tinham o previlégio de estarem mais perto do Templo dos Coutos  e aí constituirem  um grupo onde as cadeiras eram os varões  da divisão do templo com a rua de Roriz


O tempo e as naturais rivalidades foram dando oportunidades para que os jogos no Estádio do Deserto passassem a ser disputados, tipo muda aos 4 e acaba aos 8. Com se calcula o problema não estava em mudar aos 4. Estava em acabar aos 8.
Ninguém gostava de perder e, felizmente, nesta altura os árbitros não tinham cartões amarelos nem ninguém era expulso. No fim a discussão normal: "Pá; o vosso 5 golo, não foi golo. A bola passou por cima da pedra, Se fosse uma baliza, tinha batido no poste!"

Estas rivalidades eram sinal de saúde num processo de crescimento e de vivência em grupo. Os Belenenses de António Aroso, tinham alguma força e a rapaziada de "baixo" tinha outra.

Os "Belenenses de António Aroso" fizeram alterações e o João Morais passou a Massagista, entro para a baliza o António Sousa e o Américo passou para a ala esquerda.Veio mais um reforço o Antónuio Cardoso
Na foto podemos vêr: - JOÃO MORAIS-ANTÓNIO SOUSA- CARDOSO- BELARMINO E AMÉRICO- DE JOELHOS MANUEL BOTELHO- CARLOS E JOAQUIM MORAIS.

O tempo passava. O entusiamo das vitórias  aumentava. Os convites passaram a ser sinónimo de prestigio. A nossa claque crescia. Os pais começavam a acompanhar mais de perto. As deslocações começaram a ser suportadas pelo voluntariado paternal.
Cada vez mais precisavamos de solidificar estas iniciativas. Os Adultos passaram a avalistas dos bandos que cresciam como flores silvestres.
Problemas? Nenhuns.
Separatismo? Nunca o senti.
Por isso o almoço do dia 6 de Agosto deste anode de 2011, uniu o afastamento por todos os motivos de muitas gerações.
Nesta foto testemunha isenta de que na hora da verdade "os Belenenses de António Aroso" foram reforçados por mais três elementos vindos da zona poente da tal linha tão imaginária como real existente um pouco acima da casa dos Taveiras..

Na foto podemos vêr: - ZÉ (BEATRIZ)- TAVARES-FONSECA-RUCA-CARLOS-ANTÓNIO CARDOSO-MANUEL BOTELHO-ANTÓNIO PAULA E O SENHOR CARDOSO .
Como podem verificar o equipamento já tinha um distentivo unde estava escrito, bordado pelas mães claque 3 letras a azul . - BAA (BELENENSES ANTÓNIO AROSO).

Quando se jogava "os de cima" contra os "de baixo" nestes JOGOS apareciam 2 homens que se tornaram inesqueciveis na criação da ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA ANTÓNIO AROSO.

HEITOR GOMES E ANTÓNIO JOSÉ GOMES, filhos do "zelador/fiscal" deste Bairro Arosiano. Juntos a mais adultos não vou colocar os nomes porque me pode faltar algum, estes dois irmãos num dia qualquer de 1959 quase no fim do ano, criaram, o ditentivo do AROSO . Marcados pela ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA (EU ESTAVA PRESENTE) DE COINBRA, pelo ACADÉMIDO DO PORTO E PELA ACADÉMICA DE VISEU, pegaram numa disputada conversa e chegara ao final com isto:



Não bem isto, em vez DE UNIÃO ERA ASSOCIAÇÃO. Tinha nascido  a AAAA, mais tarde União porque na altura de increver a 1ª equipa de Andebol na AAP, esta não permitiu.
Mas antes já a AAAA tinha dado os seus 1ºs grandes passos sempre ajudados pelos adultos fizemos a inscrição da AAAA no 1º torneio Infantil de futebol organizado pelo SC e Salgueiros e patrocionado pelo JN noa anos 60. Veja bem a foto.



O equipamento era vermelho com gola e calção azul e meias azuis. Foram feitas pela Dª. Madalena da Rua Meinedo, mão do António Sousa e nesta equipa para além de mim, jogavam o Rego, o Albano e outros que no próximo capitulo direi





8 comentários:

Largo Fonte da Moura disse...

Só uma ressalva. O emblema não era o que está na figura, mas sim um prtaicamente igual mas que tinha em cada quadrante as modalidades que estavam propostas nos primeiros Estatutos

Largo Fonte da Moura disse...

Só uma ressalva. O emblema não era o que está na figura, mas sim um prtaicamente igual mas que tinha em cada quadrante as modalidades que estavam propostas nos primeiros Estatutos

camapaco disse...

Tens toda a razão LUIS SOCORRO

Unknown disse...

O Socorro tem razão! Nem o emblema era este e a inscrição foi inviabilizada enquanto Associação Académica.

EduardoNunes disse...

Eu sei que estamos todos de passagem, mas acabei de ler este testemunho e, obviamente, como diz cantando o Tripeiro Sérgio Godinho "estou com um brilhozinho nos olhos'.
Bem haja o autor deste blogue, bem hajam todos os que se vão disponibilizar para o encher de imensas, saudáveis e felizes saudades.
Obrigado Amigos.
O nosso Porto é a cidade dos Bairros, mas o "Nosso", com toda a certeza, destaca-se dos demais.
Fomos crianças felizes.
Estou felizmente comovido :-)

EduardoNunes disse...

ok, já identifiquei o autor do blog. Uma vez mais, obrigado Carlos Costa




Largo Fonte da Moura disse...

Caro Eduardo Nunes:
Vejo com muito agrado e emoção esta sua participação no blog do Carlos Costa que infelizmente é pouco participado pelos arosianos.
Pode ver mais coisas sobre o Aroso em:

Facebook: https://www.facebook.com/UAAntonioAroso/
Web: www.uaaaroso.pt
Instagram: www.instagram.com/UAAAROSO_1963

Um abraço Luís Socorro

Unknown disse...

Amigos já lá vão muitos anos que vos deixei, fui para o Ultramar 1967/70 e quando regressei vim para Coimbra onde ainda estou e se Deus quiser ei-de continuar a estar.
Gostei muito de rever as fotos e os comentários.
Gostaria de encontrar convosco para vos abraçar, se isso for possível ficar-vos-ei muito agradecido.
Um abraço e até lá.
António Gonçalves
Rua de Gestaçô, 51